sábado, 30 de maio de 2009

Tipos de fibras musculares

A classificação das fibras musculares faz-se de acordo com o metabolismo energético dominante, da velocidade de contração e da sua coloração histoquímica, a qual depende das atividades enzimáticas. Os músculos esqueléticos dos vertebrados são compostos por dois tipos principais de fibras: tipo I, as fibras lentas oxidativas ou vermelhas, e tipo II, as fibras rápidas ou fibras brancas, que são subdivididas nos tipos IIa ou rápidas oxidativas-glicolíticas e IIb ou rápidas glicolíticas.

* Tipo I: lentas oxidativas ou vermelhas
As fibras tipo I ou lentas oxidativas exibem cor vermelho-escuro devido à grande vascularização e alto conteúdo de mioglobina e citocromos, já que são especialmente ricas em mitocôndrias, além de terem diâmetros relativamente menores que maximizam a difusão do oxigênio até as mitocôndrias no interior da célula; naturalmente, têm alta capacidade de oxidar aerobicamente carboidratos e ácidos graxos para gerar ATP, permitindo exercícios duradouros. Elas também são ricas em enzimas oxidativas. A enzima succinato desidrogenase, que é uma enzima típica do metabolismo aeróbico, encontra-se em quantidades elevadas e constitui um marcador deste tipo de fibras. Têm também uma grande atividade da NAD desidrogenase e da citocromo oxidase. Como a velocidade de produção de ATP por processo aeróbios é bem menor do que a velocidade das vias anaeróbias e a reserva de substratos para a oxidação aeróbia é maior, as fibras tipo I têm contração mais lenta e mais prolongada e sofrem fadiga mais lentamente. O tipo de fibra muscular é determinado primariamente pela isoforma* da cadeia pesada da miosina (MHC, de myosin heavy chain) que é sintetizada. As fibras tipo I expressam a isoforma MHC-1, com a maior atividade ATPásica. Essas fibras lentas são encontradas em grande número em músculos importantes para atividades duradouras, como a manutenção da postura; um exemplo são os músculos das costas que sustentam a coluna vertebral.









As fibras do tipo I (também conhecidas como fibras “vermelhas”) são ricas em mioglobina.

*Tipo II: rápidas ou brancas
As fibras tipo II ou brancas, são de maior diâmetro, com predomínio de metabolismo energético anaeróbico. Possuem grandes quantidades de enzimas ligadas a este tipo de metabolismo, como por exemplo, a CPK (creatinofosfoquinase), necessária à regeneração rápida de ATP a partir da fosfocreatina. As quantidades das enzirnas desidrogenase láctica (LDH) e fosfofrutoquinase (PFK) são também elevadas. O músculo constituído por este tipo de fibras tem uma velocidade de contração, uma velocidade de condução na membrana e uma tensão máxima maior do que nas fibras do tipo I. Essas fibras têm elevados níveis de atividade da ATPase miofibrilar, o que revela grande velocidade na elaboração das interações actina-miosina.As fibras tipo II são subdivididas nos dois grupos abaixo:
-Fibras do subtipo IIa ou rápidas oxidativas-glicolíticas: São também fibras brancas, com predomínio do metabolismo anaeróbico, mas já com uma capacidade oxidativa superior, o que as toma ligeiramente mais resistentes à fadiga. Essas exibem um perfil contrátil, metabólico e morfológico intermediário entre os outros dois tipos de fibras: velocidade de contração mais ou menos rápida, ambas as capacidades metabólicas, aeróbia e glicolítica, e quantidade mediana de mitocôndrias.Elas expressam a isoforma MHC-IIa, de atividade intermediária.
-Fibras do subtipo IIb ou rápidas glicolíticas: Constituem o subtipo mais característico. São mais claras por serem praticamente destituídas de mioglobina e conterem poucas mitocôndrias.
São fibras de contração rápida, nas quais obtém energia quase exclusivamente por glicólise anaeróbia, usando apenas glicose e glicogênio, o que origina uma grande acumulação de ácido láctico no final do exercício. O componente aeróbico é reduzido. São fibras com um mau rendimento energético, que acumulam muito ácido láctico e H +; são facilmente fatigáveis. Predominam em músculos que movem pernas e braços.
Apresenta isoforma MHC-IIx, que tem menor capacidade de hidrolisar ATP.









As fibras do tipo II(“fibras brancas”) têm menor quantidade de mioglobina (daí sua coloração vermelho-clara ou mesmo esbranquiçada).



*Isoformas são um tipo particular de isoenzimas, resultantes de modificações pós-tradução (clivagem proteolítica, modificação covalente de aminoácidos etc.).

Bibliografia:

http://www.musculação.com/fibras-tipo-ii.html
http://www.musculação.com/fibras-tipo-i.html
MARZZOCO, A.; TORRES, B.B. Bioquímica básica. 3ª edição. Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2007.

Postado por: Bruna Neuhauss

Exercício aeróbio ou anaeróbio, eis a questão?!

Exercício aeróbio e anaeróbio, eis a questão!
Cada um desses dois tipos de exercício possuem influências sobre o corpo que os realiza e vamos, hoje, introduzir essa discussão.

O que é? 



Exercício aeróbio é todo exercício que utiliza oxigênio para fazer o metabolismo de moléculas a fim de produzir energia para o esforço realizado, geralmente, são exercícios de longa duração e estimulam o sistema cardio-respiratório. Exemplos de exercícios aeróbios são: caminhar, correr, dançar, nadar, etc.



Exercício anaeróbio é o exercício no qual não há o consumo de
oxigênio, levando o corpo a produzir energia por outras vias, nas quais o oxigênio não é necessário, nesse tipo de atividade os exercícios são de muita intensidade e de curta duração. Um exemplo de exercício anaeróbio é o exercício resistido, com pesos de cargas altas e de  séries curtas.

No exercício anaeróbio as células musculares usam a creatina fosfatada para formar ATP, porém esse estoque é curto durando de 10 a 15 segundos, e depois começa o processo de glicólise anaeróbia, criando ácido láctico, acredita-se que esse ácido prejudique o funcionamento muscular. Já no exercício aeróbio a via é outra, é a via do ciclo do ácido cítrico, contudo, não é essa a única via possível, no início do exercício aeróbio a via anaeróbia também é utilizada, porém seus resíduos são produzidos em uma velocidade na qual a célula consegue se livrar deles.

Tanto o exercício aeróbio quanto o anaeróbio promovem o aumento do metabolismo podendo queimar calorias por horas depois do exercício feito. Porém, só o exercício aeróbio tem a capacidade de queimar gorduras, mas as quantidades queimadas durante o exercício são muito baixas e se o indivíduo não tem uma dieta adequada nada o fará perder seus depósitos energéticos, o processo de "after burning" -queima de calorias depois de uma sessão de exercícios- é muito mais significativa no exercício anaeróbio.


Ambos exercícios são realizados no dia-a-dia, desde levantar uma 
caixa de leite pesada (anaeróbio) até caminhar até o supermercado (aeróbio)! Numa série, bem feita, de exercícios em uma academia sempre haverá um misto desses dois tipos, para trabalhar tanto a resistência quanto para estimular o ganho de massa muscular, evitar a perda de massa óssea, entre outros.



Portanto, ambos os exercícios são úteis e necessários para um corpo saudável, seus benefícios variam de ganho de massa muscular até benefícios cardio-respiratórios, passando por ganho de tônus muscular, ganho de massa óssea, diminuição da pressão arterial, aumento da resistência, liberação de endorfinas, etc. Seus benefícios são multiplicados quando associados a uma alimentação balanceada que atenda o objetivo do indivíduo, se emagracer, se ganhar massa muscular, se aumentar a capacidade respiratória ou outras.



Os sites pesquisados foram:


Postado por Taís Senna